domingo, 28 de junho de 2009

sistema endócrino

SISTEMA ENDÓCRINO

É um conjunto de órgãos que apresentam como atividade característica à produção de secreções denominadas hormônios, que são lançados na corrente sangüínea e irão atuar em outra parte do organismo, controlando ou auxiliando o controle de sua função. Os órgãos que tem função controlada e ou regulada pelos hormônios são denominados órgãos-alvos.

Principais glândulas endócrinas. (Masculinas na esquerda, femininas na direita.) 1. Glândula pineal; 2.Glândula pituitária; 3. Glândula tireóide; 4. Timo; 5. Glândula supra-renal; 6. Pâncreas; 7.Ovários; 8. Testículo; 9. Tecido adiposo.

O sistema endócrino interage com o sistema nervoso, formando mecanismos reguladores bastante precisos. O sistema nervoso pode fornecer ao endócrino, a informação sobre o meio externo, ao passo que o sistema endócrino regula a resposta internado organismo a esta informação.

Alguns dos principais órgãos que constituem o sistema endócrino são: a hipófise, o hipotálamo, a tireóide, as supra-renais, o pâncreas, as gônadas (os ovários e os testículos), o tecido adiposo.

Hipófise ou pituitária

Situa-se na base do encéfalo, em uma cavidade do osso esfenóide chamada tela túrcica, possui duas partes: o lobo anterior ou adeno-hipófise e o lobo posterior ou neuro-hipófise. Ela coordena o funcionamento das demais glândulas, porém não é independente, obedece a estímulos do hipotálamo.

Além de exercerem efeitos sobre órgãos não-endócrinos, alguns hormônios produzidos pela hipófise são denominados trópicos porque atuam sobre outras glândulas endócrinas, comandando a secreção de outros hormônios.

A adeno-hipófise produz hormônios essenciais ao crescimento, ao metabolismo geral e à reprodução.

O hormônio tireotrófico (TSH) estimula a glândula tireóide e participa no metabolismo orgânico, no aproveitamento da água, do iodo, do cálcio do fósforo, dos açúcares, das gorduras, das proteínas e das vitaminas.

O hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) é o ativador da parte externa da glândula supra-renal, vital no controle de água, sais e outros elementos.

O hormônio somatotrófico ou hormônio do crescimento, estimula o crescimento de todos os tecidos do corpo e também tem grande importância no aparecimento do diabetes.

A ocitocina age na musculatura da parede do útero, facilitando a expulsão do feto e da placenta.

Está glândula também governa a memória, a sabedoria, a inteligência e o pensamento. Ainda regula a produção de homonios de outras glândulas.


Hipotálamo

Localizado no cérebro diretamente acima da hipófise, é conhecido por exercer controle sobre ela por meio de conexões neurais e substâncias semelhantes a hormônios chamados fatores desencadeadores ( ou de deliberação), o meio pelo o qual o sistema nervoso controla o comportamento sexual via sistema endócrino.

O hipotálamo estimula a glândula hipófise a liberar os hormônios gonadotróficos (FSH e LH), que atuam sobre as gônadas, estimulando a liberação de hormônios gonadais na corrente sangüínea. Na mulher a glândula-alvo do hormônio gonadotrófico é o ovário, no homem são os testículos. São detectados pela pituitária e pelo hipotálamo, inibindo a liberação de mais hormônios pituitários.

O hipotálamo também produz outros fatores de liberação, que atuam sobre a adeno-hipófise, estimulando ou inibindo suas secreções. Produz também os hormônios ocitocina e ADH (antidiurético) armazenados e secretados pela neuro-hipófise.

Tireóide


Localiza-se no pescoço, estando apoiada sobre as cartilagens da laringe e da traquéia. Seus dois hormônios, triiodotironina (T3) e toxina (4), aumentam a velocidade dos processos de oxidação e de liberação de energia nas células do corpo, elevando à taxa metabólica a geração de calor. Estimulando ainda a produção de RNA e a síntese de proteínas, estando relacionados ao crescimento, maturação e desenvolvimento. A calcitonina, outro hormônio secretado pela tireóide, participa do controle de concentração sangüínea de cálcio, inibindo a remoção do cálcio dos ossos e a saída dele para o plasma sangüíneo, estimulando sua incorporação pelos ossos.

O hipertireoidismo ou tireotoxicose é uma condição caracterizada pelo aumento de secreções dos hormônios da tireóide. A causa mais comum do hipertireoidismo é uma doença auto-imune (em que o próprio corpo produz anticorpos que “atacam” o órgão) chamada Doença de Graves.

Os nódulos de tireóide são lesões arredondadas (ovóides) que se desenvolve na glândula tireóide, situados na região anterior posterior do pescoço. São provocados por tumores benignos, malignos, cistos doenças inflamatórias (tireoidites) e bócio colóide nodular. Os nódulos em geral são assintomáticos, provocando sintomas locais quando alcança grandes volumes.

Os nódulos que podem ser prevenidos são aqueles associados a bócios endêmicos (decorrentes de deficiência de iodo).

Paratireóide


São pequenas glândulas geralmente em numero de quatro, localizadas na região posterior da tireóide. Secretam o paratormônio, que estimula a remoção de cálcio da matriz óssea, a absorção de cálcio dos alimentos pelo intestino e a reabsorção de cálcio pelos túbulos renais, aumentando a concentração de cálcio no sangue.

Também tem influência na concentração sangüínea de fosfato, aumentando a excreção renal deste íon pela diminuição de sua absorção nos túbulos renais.

A doença paratireoideana é causada por uma única glândula paratireóide doente em 90% dos casos. Já existe três glândulas paratireóide normais, a remoção de uma única glândula paratireóide doente e a medida mais simples para se obter a cura.

Adrenais ou supra-renais


São duas glândulas localizadas sobre os rins, divididas em duas partes independentes – medula e córtex – secretoras de hormônios diferentes, comportando-se como glândulas. O córtex secreta os glicocorticóides, os mineralocorticóides e os androgênicos.

As supra-renais são glândulas vitais para o ser humano, já que possuem funções muito importantes, como regular o metabolismo do sódio, do potássio e da água, regular o metabolismo dos carboidratos e regular as reações do corpo humano ao stress.

Estás glândulas endócrinas secretam vários hormônios dos quais se destacam a aldosterona, a adrenalina e a noradrenalina. Sua função básica está relacionada a manutenção do equilíbrio do meio interno da homeostase do organismo frente a situações diversas de modificações desse equilíbrio (tensão emocional, jejum, variações de temperatura, infecções, administrações de drogas diversas,etc.)

A principal ação da aldosterona é a retenção de sódio, agindo profundamente no equilíbrio dos líquidos afetando o volume intracelular e extracelular dos mesmos. O estado de estresse e exatamente aquele relacionado com a fase de adaptação, sendo o seu estabelecimento compatível com a liberação de cortisol, que torna o organismo hábil para responder as exigências adaptativas.

Existem algumas doenças que se caracterizam por excesso de hormônios das supra-renais tais como a Síndrome de Cushing e o Feocromocitoma. Ainda existem as que se caracterizam pela falta de hormônios como a Doença de Addison.

Pâncreas


É uma glândula mista ou anfícrina – apresenta determinadas regiões endócrinas e determinadas regiões exócrinas ao mesmo tempo. As chamadas ilhotas de Langerhans são porção endócrina onde estão as células que secretam os dois hormônios insulina e glucagon que atuam no metabolismo da glicose.

O pâncreas produz enzimas essências a digestão dos alimentos, pois quebram em partículas pequenas os que facilita a absorção pelo organismo.

Os sucos digestivos do pâncreas não são ativos até que tenham alcançado o intestino. As principais enzimas produzidas pelo pâncreas são a amilase, importante na digestão dos carboidratos, a tripsina, que digere proteína e a lípase, que digere a gordura.

A pancreatite é uma inflamação do pâncreas. As vezes é observada em pessoas com HIV e pode ser causada por alguns medicamentos anti-HIV ou outras medicações. Entretanto, a pancreatite é causada pela ingestão de álcool em demasiado.

A insulina numa hiperglicemia facilita o transporte da glicose para dentro das células e o glucagon numa hipoglicemia promove a quebra de glicogênio hepático em glicose e a gliconeogênese.

Durante o exercício (mais de 30 minutos), os níveis de insulina tendem a cair apesar da concentração de glicose manter-se constante. O glucagon, por outro lado, mostra um gradual aumento, para manter a concentração de glicose no sangue.

O pâncreas pode ser atingido por inflamação (pancreatite), por tumores, cálculos, cistos e pseudocistos (bolsas líquidas, geralmente conseqüentes a traumatismos); algumas dessas alterações desempenham importante papel na gênese do diabete.

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